Biografia
Rosa Bernardes (1967) se formou em História pela PUC-Rio, se especializando em pesquisa em História Oral. Mas foi com as artes visuais que atuou a maior parte de sua vida profissional.
Trabalhou em diversos filmes documentais, exposições de arte, campanhas publicitárias e ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio em 2009, produzindo o documentário Tamboro, fruto de um mergulho de 15 anos na realidade brasileira em parceria com o diretor Sergio Bernardes e o maestro Guilherme Vaz. Dirigiu dois curtas metragens e atualmente escreve o roteiro de seu próximo filme, sobre memória e imagem.
Começou a fotografar profissionalmente em 2012 e teve trabalhos publicados em jornais, livros, participou de exposições e projeções coletivas e realizou individual. Atualmente trabalha no Estúdio Rosa Bernardes, um galpão localizado na Floresta da Pedra Branca, no Rio de Janeiro, local de experimentação de linguagens onde promove encontros e vivências, além de realizar projeções e instalações.
Declaração
de Artista
Eu gosto da inquietude de buscar novas formas de ver o mundo. De ressignificar o que aparentemente não é importante, me inspirando na absoluta poesia da simplicidade. Por isso trabalho com artes visuais. Fascina-me saber que uma imagem pode levar uma pessoa a ver o mundo de outra forma. Para mim fazer arte significa criar a maravilhosa possibilidade de dialogar com o outro.
No meu trabalho a ancestralidade é muito presente, e pode ser percebida na forte conexão com a natureza, na releitura de rituais, no uso do meu corpo como elemento de conexão e no resgate da memória enquanto identidade. Busco um inconsciente primitivo e universal, que habita dentro de todos nós. Despido do materialismo, do excesso de consumo, de maquiagens e prazeres efêmeros. Nossa essência mais ancestral.
Devido aos longos anos em que trabalhei com cinema, uso a imagem fílmica e fotográfica como suportes para impressões, projeções, instalações e na criação de narrativas visuais. Provocar com imagens novas formas de sentir e pensar o mundo nessa era de extrema visualidade e afastamento do mundo real pela virtualidade, tocar a alma com a beleza e dar a outras pessoas uma nova perspectiva sobre as coisas, é o que me faz ir mais e mais além em meu trabalho.
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